29 de abril de 2008

A Vida nas Ilhas...

4 dias passados nas ilhas e constato o seguinte:
Os irlandeses só não são britânicos por mera birra religiosa. Importam tudo o que podem da ilha vizinha ou do país mais acima e o sector editorial vive da produção made in UK, a preço convertido em Euros.
Em termos televisivos a Amy Winehouse estava a ir mto bem, com mais uma detenção, até terem descoberto um casal irlandês perfeito, namorados de infância, com um casalinho de filhos: Alegadamente este plácido pai de família, provavelmente por estar deprimido, resolveu matar a mulher, pegar fogo à casa com os filhos lá dentro e suicidar-se de seguida... Achei que havia primeiras capas de tablóides para uma semana, mas não... Vem um senhor de 70 anos austríaco e estraga tudo: O dito encarcerou a filha na cave de sua casa, durante 24 anos e neste interregno de quase um quarto de século, a filha, hoje com 42 anos, teve 7 filhos/netos do senhor!
Conclusões lógicas disto tudo (regadas por algumas pints de Guinness):
1. Há qualquer coisa de Hitler e Anne Frank nisto tudo...
2. Se calhar o outro Guinness devia atribuir uma entrada a este senhor, já que ele bateu o outro austríaco raptor, por muitos anos!

24 de abril de 2008

Cheers!


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23 de abril de 2008

Vi(d)a Pública

É sempre assim: Abro a caixa do correio e vejo-o, banco e verdinho com um "vêzinho" - o extracto da via verde! Todos os meses a mesma coisa. Ainda consigo enganar o extracto do Cartão de Crédito pagando em numerário, mas não me dá jeito parar nas portagens, para tirar o ticket (bilhete) e depois parar, novamente, para pagar, só para "eles" não me controlarem a vida e o saldo!
Todos os meses lá vem a história da minha vida escarrapachada, impedindo-me de esquecer todos aqueles sítios onde fui. E depois, a forma de débito, também ela sinistra e sempre presente, bocadinho a bocadinho, ao longo do mês: Agora tiram 65€, depois mais 42€, depois mais 71€. Tenho a sensação que se um dia deixar de andar de carro e passar a usar outros meios de deslocação que não incluam ir a pé, de patins, troinete ou de bicicleta (pois demoraria dias a chegar) a Brisa me telefona a saber se estou bem.
Ainda o extracto... No final, uma alegria, 2 parques de estacionamento: um das Amoreiras e outro (estupidamente caro, mas um oásis na cidade) do Chiado. Balanço final: No mês de Fevereiro/ Março saí inúmeras vezes em business e duas em pleasure!
PS1: É possível fazer 7 minutos da portagem da Coina até à ponte 25 de Abril, sem cometer infracções.
PS2: Sei que o título do post ficava mais apelativo se o "l" também estivesse entre parênteses, mas perdia-se a contextualização...

22 de abril de 2008

¿Por qué no te callas?

...o que me apeteceu perguntar ao Nick Cave ontem, ao fim de dois encores, num total de 9/10 músicas (já não sei).
Quase duas horas e meia de concerto, com um som apurado e o Nick Cave sempre com uma voz poderosa, intercalando os Obrigado e Muito Obrigado, com insultos ao público, empregando todas as combinações possíveis de fuck e seus derivados (pretérito perfeito; gerúndio, presente, condicional....) antes de cantar mais uma baladinha do género Oh Lord Jesus....
Para quem vinha de um Estoril Open cheio de afectação (tá ver o Manel... olhe, ali querida, tá a ver?) entrar na caverna dos Cavettes foi uma experiência esquizóide. Sim, ainda há Cavettes e alguns deles não têm mais que 18 anos. O bom deste concerto foi ficar com algumas certezas inabaláveis:
Tenho mais amigos que gostam de Nick Cave do que de ténis ( a dada altura, achei mesmo que tinha voltado aos anos oitenta, às famosas festas do liceu);
É mais fácil arranjar bilhetes para música do que para desporto;
O Nick Cave pinta o cabelo e tira os pêlos do peito;
A droga não afecta as cordas vocais e faz emagrecer.

21 de abril de 2008

Grandes pequenos momentos

Highlights do par de horas que estive no Jamor a ver um Ucraniano rico que não quer trabalhar :
1. Eu se fosse o Davydenko faria o mesmo. Considerando que o Federer não vai a Monte Carlo e que as suas chances eram melhores e que a coisa estava difícil, nada como entrar no 2º set em cheio, quebrar o serviço e dizer que dói a perna...
2. As pulseiras da senhora sentada atrás de mim a ressoarem qual chocalho nos meus ouvidos delicados e todas as loucuras que ela faria com o Federer (não percebo a razão pois o homem NÃO é giro, ok?). Vinguei-me da forma mais torpe, quando ao fim do 1º set a vi atirar a objectiva para focar o Roger a despir o pólo: Quando estava prestes a disparar, levantei-me e estraguei-lhe a foto com o meu trench de marca!
3º Conheci o Mak que leva enchidos para o jogo, mas são todos pata negra!
4º A frustração de não conhecer a SFF.
Não voltarei ao Jamor tão cedo porque as pessoas, ao vivo, não se podem colocar em off! No entanto, grande primeiro (e único) set!
Se o Cave desistir a meio do concerto de logo começarei a acreditar na teoria da conspiração...

18 de abril de 2008

Ainda o Alerta Laranja

Só agora se fez luz nesta cabeça castanha!
O alerta da protecção civil tinha a ver com a demissão do Menezes e de mais uma crise de liderança no PSD!
Por isso é que a intensidade era maior no Litoral Norte!
Estou oficialmente em alerta beje com todas estas inutilidades!

- Logia Meteo ou Astro?

Levo muito a sério alertas de todas as cores relativos ao mau tempo. Não por obsessão cromática, mas porque me habituei a acordar numa cidade, trabalhar noutra e a ter de me vestir às camadas, por sair com 5 graus, às 5 da manhã, e o termómetro marcar 25 graus ao meio-dia. Por isso, após uma viagem agitada, "aconchegada" por lençóis de água e ventos fortes, ontem à noite levei a sério o aviso da protecção civil que declarava alerta laranja até domingo à noite. Cheguei a casa, tranquei as portas e janelas, dei-me por contente por não ter quintal com chapa ondulada e fiz inúmeros telefonemas a cancelar compromissos e a comprometer-me a fazer E-working em casa que me vai fazer perder mais umas horas do que se o fizesse in loco.
Acordei à espera do dilúvio, da intempérie e da certeza que os mais avisados são os melhor informados. E às 7 da manhã abro a janela para um sol magnífico, acompanhado de uma ligeiríssima brisa... Ok, passado uma hora e meia lá caiu uma chuva forte, mas que não valia um alerta rosa clarinho ou lilás...
Isto da Meteorologia é como os signos, pura adivinhação. Assim sendo declaro que estou em alerta púrpura e amarelo até segunda que ao menos são cores que estão na moda nesta estação!

15 de abril de 2008

On the Road / On the Air

... Ou o meu encontro com o Oceano Pacífico

Percorrer quilómetros à noite é uma experiência boa para quem gosta do silêncio. À noite, numa auto-estrada do sul do país tudo é mutismo, interrompido brevemente pela ultrapassagem a um ou dois camiões de transporte de mercadorias. Mas tanto silêncio ao fim de um dia de trabalho, de forma repetida, também cansa. Sim há Cds, sim há dispositivos para sintonizar uma frequência desocupada e ouvir o Ipod, mas não, quando passa das 22 já não há paciência para procurar frequências, nem escolher um Cd.
Quem viaja na A6, a partir das 22h tem ao seu dispor poucas rádios - Antena 1, Antena 2, RFM , RR e Comercial - a partir de Montemor-o-Novo já se ouve a M80 e passando a saída para Setúbal já se sintoniza a Radar. Até lá é o deserto feito de rádios locais que não são nenhum oásis.
Ontem ouvi o Oceano Pacífico na RFM. Antigamente era a estação do slows que se gravavam em cassetes para levar para as festas de garagem… Hoje, ou melhor ontem, imaginem que ouvi Alphaville (Forever Young); Phill Collins (Against All Odds); Brian Ferry (Don’t Stop the Dance) e gostei. Claro que tudo tem limites e, esporadicamente, para evitar o vómito (Stings pós-police, Represas pós-Trovante e afins) tive de intercalar com Linkin Park (sim, confesso que gosto e sei de cor o Shadow of the Day e, ainda por cima, era apropriado ouvir o Minutes to Midnight) noutras rádios supracitadas.
Desisti, auditivamente exausta e farta de tanto zapping, perto da Ponte 25 de Abril e acabei por colocar o CD com a banda sonora do Kill Bill 2:

.... And when I arrive at my destination, I am gonna kill Bill...

(Ainda bem que cá em casa ninguém se chama Bill...)

8 de abril de 2008

LONG LIVE THE LOW COST!

Antigamente ir a Barcelona, Berlim, Londres, Paris, Copenhaga, Madrid, Veneza, Milão, Bruxelas, Amesterdão, Genebra, Budapeste, Varsóvia, Praga, Dublin, Munique, Estocolmo, Atenas, Roma ou Helsínquia, era uma aventura (muitas vezes digna de inter-rail). Hoje é mais fácil e mais barato que ir até à capital do móvel (Paços de Ferreira). Já não vamos a Londres por nada de especial, apenas para ver uma exposição, ou uma peça de teatro; Vamos a determinada cidade só para passear e escapar da rotina, sem nenhum programa definido. As low cost mudaram a nossa forma de viajar, retiraram-nos o remorso de ter de aproveitar a ocasião de uma vida, devolveram-nos o prazer de apreciar, ou não, o que uma cidade tem para oferecer, simplesmente por termos como dado adquirido a certeza que podemos sempre voltar. Daqui 2 semanas irei de novo a Dublin: não gosto especialmente da cidade, não tem nada de fascinante, para além da eterna veneração de ser a terra do Beckett e do Joyce (mas até eles sairam assim que lhes foi possível) mas ao menos falam inglês, paga-se em Euros e tenho previsto um encontro com um amigo. É bom fugir à rotina e eu só consigo escapar à minha vida "on the road" se for de avião!

3 de abril de 2008

Estrenamos la versión oficial del CHIKI CHIKI

Houve que proceder a algumas alterações e foi assim que ficou o Video de apresentação "Oficial" cheio de espaninglês!