Proposta de alteração à expressão 3731/3ab/2007

Tendo em consideração a proliferação de lojas chinesas, a par com bancos (Vide Rua Ferreira Borges, a Campo de Ourique) e visando a reintrodução da expressão em epígrafe, sugiro a seguinte alteração:
"Já chegámos à China, ou quê?"
em vez da expressão, em desuso:
"Já chegámos à Madeira, ou quê?!"

Conversa fiada... na China (lado A)

- Já viu sotôr, aqui na China todas as lojas são chinesas...
- Tá bem visto, sim senhor!

Conversa fiada... na China (Lado B)

- Afinal ele não é assim tão giro! Visto daqui debaixo é só nariz...
- Deve ser para farejar melhor os negócios...
- Pois, deve ser.

Poor Yorick! *

Este site de produtos para a casa é um must. Entre outros artigos recomendo as cortinas de banho sushi, ou os pensos rápidos Jesus Cristo ou o Buda para os lápis. Há para todos os gostos.

* Alas, poor Yorick, I knew him Horatio. (Hamlet: V, i, 203-204)

O Lado Errado do Dia

Hoje o dia amanheceu às avessas...

Antevisão dos óscares:

Vai ser muito lindo e mais não digo!

Um Espanhol em Lisboa

Para os ainda gostam de expressões como " de Espanha nem bom vento, nem bom casamento..." aqui vai uma curiosidade por certo desagradável: São Vicente, o Padroeiro da cidade de Lisboa (capital de Portugal) era Espanhol! O mártir, diácono de Saragoça, foi morto em Valencia e a história convencionou celebrar a sua morte justamente hoje, dia 22 de Janeiro. Mais sobre a forma como deu às nossas costas e de como foi usado como símbolo da cidade aqui.

Parabéns Eugénio de Andrade! (n: 19/01/1923; m: 13/06/2005)

Faria hoje 84 anos.
O poeta português que mais procurou a palavra certa para falar do silêncio.

ROTINA:

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

O Mundo Português

Sim, somos um povo tolerante, de diásporas, capaz de apadrinhar várias culturas, credos e tendências sexuais. Prova disto mesmo é a "famosa" lista dos dez portugueses mais votados por esta geração. Temos:

Um mau filho, um assassino em série, um ditador, um comuna, um gay, um zarolho, um esquizofrénico, um bonzinho, um perfeitinho e um alentejano...

E tudo isto num país que despreza os políticos e a diplomacia, não acredita na monarquia e rejeita liminarmente o papel da Literatura...

American Football (A refelection on the Gulf War)

Hallelujah!

It works.

We blew the shit out of them.

We blew the shit right back up their own ass

And out their fucking ears.

It works.

We blew the shit out of them.

They suffocated in their own shit!

Hallelujah.

Praise the Lord for all good things.

We blew them into fucking shit.

They are eating it.

Praise the Lord for all good things.

We blew their balls into shards of dust,

Into shards of fucking dust.

We did it.

Now I want you to come over here
and kiss me on the mouth.

Harold Pinter: Agosto de 1991

Toma Lá Mais 20 000!

GOD BLESS AMERICA


Here they go again,
The Yanks in their armoured parade
Chanting their ballads of joy
As they gallop across the big world
Praising America's God.


The gutters are clogged with the dead
The ones who couldn't join in
The others refusing to sing
The ones who are losing their voice
The ones who've forgotten the tune.

The riders have whips which cut.
Your head rolls onto the sand
Your head is a pool in the dirt
Your head is a stain in the dust
Your eyes have gone out and your nose
Sniffs only the pong of the dead
And all the dead air is alive
With the smell of America's God.


Harold Pinter: January 2003

MAIS NÃO!

A quantidade de vezes que pensamos ou dizemos estas duas pequenas palavras traduz bem a nossa ambivalência: ou estamos satisfeitos, ou estamos desesperados. Em ambos os casos queremos dizer que já temos a nossa dose! Hoje vou dizer mais não, até mais não!

O MUNDO AO REVÉS

Expliquem-me:

1. As preocupações pelas emissões de monóxido de carbono são sérias, a subida dos mares é um axioma, as dunas têm de ser preservadas, em África morre-se de fome, doença ou de guerras civis inglórias... (O Dakar segue dentro de momentos!)

2. É uma afronta terem filmado o enforcamento de Saddam e terem divulgado as imagens, o Governo Iraquiano até prendeu os responsáveis por tamanha falta de respeito à dignidade humana (Então e a pena de morte?)

Resposta: A culpa é dos patrocínios e da televisão!

Grande Pinta!

- Quê Frô?

- Não, obrigado, eu estou aqui para assistir a seminários de economia!

(Mais imagens desta epopeia digna de um Vasco da Gama moderno aqui)

Profissão Emergente: Assediador telefónico!

Novo ano: Aumentos de portagens, electricidade, gasolina, prestação da casa, seguros... é só escolher.

Porém, nada temo: A PT deixa-me falar para todos os números fixos, todo o dia, por apenas 7,5 Euros a mais. Venha o desemprego, venham os aumentos, venha o que for... desde que me actualizem a listas telefónicas (quero todas, até as das regiões autónomas) para me poder entreter a contar as minhas mágoas a todos os que tiverem um telefone fixo instalado!

Talvez algumas alminhas mais enervadas com o meu assédio me paguem para que me cale e os risque da lista de chamadas a fazer.

Democracias Remediadas vs Democracias Abastadas

As primeiras usam cordas, as segundas energia eléctrica nas execuções. Será que o Iraque tem mais consciência ecológica do que certos estados dos Estados Unidos?

Optimismo de Novo Ano

Perdi a cabeça e pedi ao sapateiro que colocasse não um mas dois furos no meu cinto. Com tantos aumentos (entre eles o pão) acho que vou fazer concorrência às manequins brasileiras. Obrigada ao Governo por me ajudar a manter a linha!

O uso da 3a Pessoa do Singular: 2 Casos Singulares de Sucesso

Aníbal Cavaco Silva 01/01/2007:
Os portugueses exigem realizações concretas. E o Presidente da República, no início deste ano de 2007, acompanha-os nessa exigência de resultados.


Mário Jardel, 12/08/2006:
Tem sido muito bom trabalhar aqui e, como já viram, o Mário Jardel está de volta.

(Re)Começar

Antoni Tàpies: Cara i dors, 2005
Pintura sobre tela 116 x 146,5 cm

Começar de novo repetindo gestos e gostos enquanto os arquivos ainda nos devolvem as imagens que selámos nos ficheiros da memória.