Quem me dera ser doutora médica...
Ontem, face à evidência que uma das crianças não estava melhor, depois de vários dias de febre, lá me decidi a levá-la ao posto. Claro que às 16h30, já não havia ninguém disponível para ver a criança e aconselham-me uma ida ao Hospital.
Visito pouco os hospitais, graças à saúde de ferro que todos temos aqui em casa, e ao pânico que tenho do contágio.
Chego então à Urgência pediátrica do Francisco Xavier, onde estão 3 crianças e um total de dez adultos, todos acompanhantes das 3 crianças. Sinto-me em inferioridade numérica e antevejo um fim de tarde difícil, pois o pior de tudo não são as crianças, são os adultos impacientes que as acompanham.
Demoro 35 minutos até ser chamada para a sala de triagem porque a urgência é como a Caixa Geral de Depósitos ou o Pingo Doce: Só quando estão quase a fechar a loja é que se começam a despachar e chamar os médicos todos, como pude constatar a partir das 20h30.
Da triagem volto para a sala de espera com uma criança que já não reage a nada, felizmente para ela, pois neste momento já há 7 crianças na sala e vinte e cinco adultos que teimam que as crianças que estão a vomitar para baldes de papel socializem com as que estão com tosse e com os desgraçados que só se magoaram no braço e que agora vão sair dali com mais alguns brindes!
Finalmente o médico - giro, como são todos os do Francisco Xavier, deve ser por isso que é um hospital Modelo - acha estranho a criança já não responder a nada, sobretudo estando sem febre. "SEM FEBRE?!!!" pergunto eu incrédula que estou quente do calor que ela emana... "Sim, aqui diz 36,2". O QUÊ???? Lá volto para a triagem, exigindo uma contraprova, qual brigada anti-doping, ao contrário. Sim, foi engano, a criança tem efectivamente 38,9 e é melhor dar-lhe um remédio. Depois decidem-se por uma análise.
Como eu sei que quem faz análises tem de esperar, pelo menos 1 hora, e a sala de espera estava pior que o cenário do Sweeney Todd (só que em vez de sangue tinha vómitos e muita gente - na maioria com mais de 15 anos), peguei na criança e saí de mansinho. Fui até ao McDrive do Restelo determinada a contrariar o seu jejum quaresmal e a comprar todas as porcarias que lhe apetecessem. Comeu pouco mas ganhou um jogo do Astérix que não jogou, mas que lhe deu a alegria da posse de um brinquedo de um sítio pouco frequentado.
Regresso ao Hospital, 1 hora depois, e entro directa para saber das análises. Nem vou descrever, neste ponto, as urgências, penso para comigo que uma arma ali teria feito milagres, pois mandaria mais de metade das pessoas daquela sala para a urgência mais acima, nem era preciso aleijar muito, só de raspão...
Uma hora mais à espera e decido que já chega. Entro e vou à procura do médico giro. Encontro-o, ele vê as análises e diz-me que o melhor é levar a criança para casa e esperar mais dois dias... (to be continued)
Visito pouco os hospitais, graças à saúde de ferro que todos temos aqui em casa, e ao pânico que tenho do contágio.
Chego então à Urgência pediátrica do Francisco Xavier, onde estão 3 crianças e um total de dez adultos, todos acompanhantes das 3 crianças. Sinto-me em inferioridade numérica e antevejo um fim de tarde difícil, pois o pior de tudo não são as crianças, são os adultos impacientes que as acompanham.
Demoro 35 minutos até ser chamada para a sala de triagem porque a urgência é como a Caixa Geral de Depósitos ou o Pingo Doce: Só quando estão quase a fechar a loja é que se começam a despachar e chamar os médicos todos, como pude constatar a partir das 20h30.
Da triagem volto para a sala de espera com uma criança que já não reage a nada, felizmente para ela, pois neste momento já há 7 crianças na sala e vinte e cinco adultos que teimam que as crianças que estão a vomitar para baldes de papel socializem com as que estão com tosse e com os desgraçados que só se magoaram no braço e que agora vão sair dali com mais alguns brindes!
Finalmente o médico - giro, como são todos os do Francisco Xavier, deve ser por isso que é um hospital Modelo - acha estranho a criança já não responder a nada, sobretudo estando sem febre. "SEM FEBRE?!!!" pergunto eu incrédula que estou quente do calor que ela emana... "Sim, aqui diz 36,2". O QUÊ???? Lá volto para a triagem, exigindo uma contraprova, qual brigada anti-doping, ao contrário. Sim, foi engano, a criança tem efectivamente 38,9 e é melhor dar-lhe um remédio. Depois decidem-se por uma análise.
Como eu sei que quem faz análises tem de esperar, pelo menos 1 hora, e a sala de espera estava pior que o cenário do Sweeney Todd (só que em vez de sangue tinha vómitos e muita gente - na maioria com mais de 15 anos), peguei na criança e saí de mansinho. Fui até ao McDrive do Restelo determinada a contrariar o seu jejum quaresmal e a comprar todas as porcarias que lhe apetecessem. Comeu pouco mas ganhou um jogo do Astérix que não jogou, mas que lhe deu a alegria da posse de um brinquedo de um sítio pouco frequentado.
Regresso ao Hospital, 1 hora depois, e entro directa para saber das análises. Nem vou descrever, neste ponto, as urgências, penso para comigo que uma arma ali teria feito milagres, pois mandaria mais de metade das pessoas daquela sala para a urgência mais acima, nem era preciso aleijar muito, só de raspão...
Uma hora mais à espera e decido que já chega. Entro e vou à procura do médico giro. Encontro-o, ele vê as análises e diz-me que o melhor é levar a criança para casa e esperar mais dois dias... (to be continued)
8 comentários:
Cuga, até nutria por ti uma grande simpatia. Mas agora que me dizes que levaste a tua criança doente a um McDonalds, não sei o que fazer...estou confusa.
McDrive SFF (não saí do carro). Infelizmente, ao pé do Francisco Xavier, ainda não há um Go Natural Drive in...O meu enorme erro não foi ir ao Mc, foi mesmo ter levado uma criança doente ao hospital!Isso é que não me perdoo...
Go Natural Drive in, isso é que era!
Vou preparar um abaixo assinado, para propôr a ideia ao dono.
Que maravilha, a minha sopa de tomate, a minha mini salada grega e os meus brownies sem sair do carro...
Parece que já estou a ver o teu carro sujo do molho vinagreta da salada grega, ou de sopa de tomate, a ter de ir para a França (com morada da Alemanha) para mudar os estofos...
Portanto, quando é que afogas as crianças?
Realmente, só dão é trabalho...
@Kinder: Quando me mudar para Belas e houver cheias outra vez...
Epá, Go natural é q não, a não ser que queiras justificar que só gente a delirar com febre é que está disposta a pagar 2 euros por 6 uvas e uma embalagem de plástico. Apesar de abominar o Mcdonalds, pelo menos aí o plástico é utilizado como parte da refeição...
Qt a hospitais, só recorro a eles qd partes do meu corpo ameaçam desprender-se, com excepção do cérebro, que fugiu sem q eu desse conta.
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