Confesso
Confesso que me ocorreu um post com crianças que ficam a dormir, enquanto os pais vão ali e já vêm. Fico-me pela intenção e apenas equaciono a mobilização popular e pondero se fosse outra criança, de outro país, de outra raça, com pais com outra actividade profissional, como seria tratado o assunto. Dizem que o presumível raptor deve ser estrangeiro, pois este tipo de suposto rapto e possível abuso não se enquadra nos padrões portugueses. Lá isso é verdade, os portugueses têm por modus operandi, no que toca ao abuso sexual de menores, atacarem os familiares ou vizinhos próximos, repetidamente, por muitos e longos anos...
Também me questiono, agora e sempre, no impacte que a mediatização tem na cabeça do consumidor que visiona o notíciário, de hora a hora, à espera de algo que apenas se traduz pela sistemática confirmação da não-notícia, isto é, nada há, por enquanto, a acrescentar ao que foi dito. Se houvesse, interrompiam por certo o alinhamento, logo não seria necessário esperar pelo próximo bloco noticioso.
3 comentários:
Pois é minha cara, mas assim corriam o risco de perder os espectadores para as não notícias do canal do lado.
O modus operandi actual é esgotar um assunto até à exaustão, levando a que depois, mesmo que seja um tema que mereça a nossa atenção, às tantas já ninguém consiga ouvir falar disso...
Eu, durante uns dias até soube qd é q o Eusébio coçava o nariz ou tinha uma bola de cotão no umbigo...
O problema destes dramas mediáticos é semelhante ao que acontecia na tragédia antiga: É preciso catarse. Sem encontrarem a resposta para o mistério não há catarse e o povo fica ansioso.Uma coisa é certa, os pais que voltarem a deixar os filhos para irem jantar, às compras, ou pedir esmola, já sabem que têm de fechar bem as portas e as janelas.
sim, nesse caso o pior q pode acontecer é serem acusados de homicídio involuntário através de alguma conduta de gás mal isolada ou falha eléctrica. Seja como for, acaba no noticiário da TVI na pior das hipoteses...
Enviar um comentário